Deram-me, quando criança,
uma estrela-do-mar,
e eu guardei dela a esperança
de durar
seca, ao longe, arrancada
também ao meu país
natural, sem raiz
apenas, sem mais nada
que houvesse sido dela.
E vim parar aqui,,
uma estrela
do mar, longe de tudo o que perdi.
Mas não deu certo:
a coisa inanimada,
longe ou perto,
tardinha ou madrugada,
é sempre igual a si.
A criatura não.
O ser é uma emoção.
Eu sou feita de tudo o que senti.
Bruno Tolentino
* pode se tornar uma futura canção do abaixo de zero...
ouvindo dear catastrophe waitress.
24.8.04
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